erasmus em barcelona

ultimo ano da faculdade… ultimo verão… ultima oportunidade… barcelona aqui vou eu!!!

26 outubro 2005

avinguda portal de l'angel

plaça catalunya

24 outubro 2005

plaça st. agustí vell

ode aos farruscos

A forma como Barcelona acolhe os animais é surpreendente, nos cafés, nos supermercados, nas lojas… em todo o lado se vêm cães acomodados às andanças dos seus donos, acompanham-nos para o trabalho, no lazer e nos recados e são bem recebidos se procuram o abrigo de uma loja, tanto que muitas já têm um canto para eles com uma tigela de água e algum biscoito.
Mas são os bebedouros públicos que reflectem melhor a idade desta tradição, se olharmos com atenção, muitos têm um pequeno chafariz na base que refresca a água de uma bacia de pedra onde os peros já se habituaram a ir.

22 outubro 2005

platja passeig maritim

carrer de la marina

21 outubro 2005

mercat santa caterina

20 outubro 2005

sexy lady

19 outubro 2005

las ramblas

carrer de ferran

plaça real

plaça de la generalitat

passeios nocturnos

Os candeeiros de rua são grandes e as luzes frias dão segurança às ruas pequenas dos bairros mais antigos, os turistas confundem-se com os jovens à porta dos bares, nas tiendas e nas esplanadas das praças escondidas.
É quarta-feira e as ruas já estão cheias mas é no fim-de-semana que a ciutat vella se transforma para receber os artistas de rua, as ramblas enchem mais do que nunca mas até as mais pequenas praças ganham vida.
Passear sem destino é uma surpresa e o passo lento imposto pela multidão mima os pés pesados do fim-do-dia…

para a Gui

14 outubro 2005

via laietana

amanhecer em barcelona

Às 8h da manha ainda é de noite, a estreita rua com os seus prédios de seis andares só me deixa ver uma frecha de céu… às 8h da manha ainda é de noite.
Todas as manhas são vinte minutos em passo de corrida… os semáforos na Via Laietana são rápidos, todos os semáforos em Barcelona são rápidos, piscam três vezes antes de ficar verde para os carros que se apressam em passar. A Via Laietana amanhece, a Catedral espreita por de trás da Pl. Àngel e os passos apressados passam pelo Museu de História da Cidade, na Pl. Sant Jaume o céu já é azul.

Na pequena rua da Boqueria os ourives destrancam as montras de jóias levemente árabes e as casas de Pitas já têm “troncos” de carne a girar sobre espetos.
São 8:15h, a Pla Boqueria tem o nome do mercado mais próximo, vemos a saída do metro do Liceu, cruzamos as Ramblas e a rua do Hospital é sempre em frente, é para o velho edifício que vamos, a Escola Massana e a Biblioteca da Catalunha partilham os corredores do hospital que viu morrer Dali, os dez minutos antes das 8:30h são para encontrar a sala de projecto, o labirinto não perdoa os Erasmus e a aula hoje é na “torre”.

12 outubro 2005

arc de triomf

11 outubro 2005

estrelinha

Sabe bem ter um pousio, ter uma morada, ter um espaço para cuidar. Faz toda a diferença. Mas principalmente longe de casa, ter um espaço seguro e confortável, significa melhor descanso, melhor lazer, melhor trabalho!

Tive uma sorte inesperada – a minha mãe e a minha “sogra” chamam-lhe estrelinha.
Estava à espera de alugar um quarto numa casa dividida entre estudantes, como não queria pagar mais que 250€ por mês, começava a resignar-me à ideia de um chão frio de azulejo, paredes nuas com manchas de humidade e mobília pesada e desconfortável, mas ao mesmo tempo tinha-me inscrito numa agência imobiliária, nunca fiando, podia ter de alugar uma casa inteira e, depois sim, procurar alguém para a partilhar comigo. Foi já em Barcelona, e depois de ter gasto os contactos que tinha recolhido, e de não ter encontrado um quarto livre, que voltei ao site da agência à procura de uma solução. Como de costume, fiz uma pesquisa para pisos na Ciutat Vella por menos de 600€ mas onde deveria dizer “No hay pisos disponibles con los criterios seleccionados”, estava a ficha de um piso de 450€ por mês, com um só quarto de matrimonio, uma verdadeira pechincha! Saí a acorrer à rua e ataquei a primeira cabine telefónica, “pode vir visitar o piso amanha às 10h” disseram-me do outro lado, e lá estava eu na manhã seguinte, ao tocar do sino da igreja que não se via.
Não estava sozinha, outros cinco pares de jovens olhavam preocupados para os seis andares de um número 3 sem elevador. A rua era pequena e o prédio antigo, tal como as tortuosas escadas que nos levaram ao… 1º andar!... “que sorte” murmurei para mim mesma.

A porta era pesada e lá dentro cheirava a madeira, o cheiro familiar da casa de Lisboa… sniff! O chão claro sem verniz, e as portadas escuras do varandim mantinham a pequena casa quente. “À esquerda temos a casa-de-banho e o quarto e à direita a sala”, explicou desnecessariamente o guia, por saber ficou que a casa-de-banho se dividia entre, retrete e lavatório numa divisão e duche no quarto! esta estranha opção, ficámos a saber mais tarde, foi forçada pelas canalizações da casa, tal como a compacta cozinha do IKEA que partilhava a divisão da sala. Pequena mas prática e decorada com bom gosto e simplicidade, a casa não podia deixar de ser a mais valiosa relíquia que qualquer um de nós tinha encontrado. “Quem está interessado na casa?”, doze braços ergueram-se timidamente no ar – as emoções devem ser comedidas perante agentes de imobiliárias – “A prioridade é definida pelo número de inscrição na agencia… quem é a rapariga de Portugal?” (ahhhhhhhh!!!) aproximei-me devagar e dei os meus contactos ao senhor, depois ele disse-me para ir ao escritório ainda nessa tarde para tratar do contrato.

Só quando senti o ar fresco da rua é que me apercebi de tão rápido que tudo fora. Tinha ido ver um piso e acabei com as minhas inseguranças resolvidas!

É o meu pedaço de Barcelona, pelo menos por cinco meses, é o meu número 3.

07 outubro 2005

barcelona

Ui… por onde é que hei-de começar?
É enorme! Está cheia de gente em toda a parte, é muito suja e barulhenta mas também há um monumento em cada esquina. Há estrangeiros e cães como nunca vi! Todas as culturas, muitos bairros, muitas avenidas, muitas curvas e muitas diagonais…

O comboio… Do aeroporto saem comboios em todas as direcções, por 2,30€ leva-se a bagagem até ao centro. As paragens mais populares são a Sants-Estació, a Pl. Espanya e a Pl. Catalunya, do comboio se passa ao metro ou aos autocarros ou aos táxis. Eu achei que andava bem dois quarteirões com 35kg atrás então passei uma semana com dores de pés, pernas, costas, ombros, pescoço… Mas quem optar pelo metro também não fica melhor servido, não há elevadores nem escadas rolantes e as estações maiores têm túneis intermináveis em que, estupidamente, se sobem escadas para as voltar a descer vezes sem conta. Quanto aos táxis, ouvi dizer que as bagagens fazem disparar o taxímetro, mas não o comprovei.

Isto tudo para chegar ao albergue. Há duas modalidades, a comodidade e a economia, ambas dentro das exigências mínimas da higiene e dos serviços. Aqui vai uma lista de motores de busca…
www.hostelsclub.com
www.hostelworld.com
www.hostels.com
… eu passei pelo Hostal Ramos– ao lado das Ramblas, quarto luminoso, casa de banho privativa, Internet… +-65€/quarto duplo.
... e pelo AlberguInn – zona universitária, quartos de 12 camas, muito limpo, muito simpáticos, cozinha comum, sala comum (grande TV com DVDs), Internet e pequeno-almoço gratuito... 21€/pessoa.
(Atenção que comer fora é mais caro que em Lisboa, é difícil almoçar por menos que 8€, portanto poder cozinhar em casa ganha outra dimensão!)

Foi a saltar de albergue em albergue que encontrei finalmente um piso (casa) para alugar, foi tão cansativo…